Garotada descobre o basquete em oficina na quadra da escola

 Sucesso entre a garotada que comparece à ação social do Diário, a oficina de basquete, desta vez, foi ministrada pelos jogadores da equipe RED, que participa da Liga Amadora do Grande ABC. A criançada, que normalmente tem acesso apenas ao futebol nas escolas, estranha o tamanho e o peso da bola laranja, mas com pouco tempo de prática e com as dicas dos tios’, como são carinhosamente chamados os jogadores que ministram a oficina, as cestas começam a sair sem maiores dificuldades.

 “Não estamos aqui somente para falar e praticar o basquete, mas também para passar um pouco de disciplina e abrir os horizontes esportivos para a criançada”, disse o atleta Rafael Correia de Souza, 37 anos.

É impossível assistir à oficina de basquete e não se alegrar com as gargalhadas que os pequenos participantes soltam a cada instante. O que tem aspecto educativo torna-se uma brincadeira sadia, na qual os garotos aprendem e se divertem. “Não conhecia muito o basquete. Só vi algo pela televisão, mas reconheci a bola assim que vi. É difícil fazer cesta, mas quando conseguimos, é uma festa”, contou Filipe Nascimento, 10. Ele fez questão de entrar logo no começo da brincadeira e não quis sair mais. “Eu e os outros jogadores percebemos que as crianças que participam das nossas oficinas sofrem de grande falta de atenção. Se um garoto fica de fora por muito tempo ele fica mal”, contou o jogador Rafael Correia.

O atleta, fazendo as vezes de professor e ‘tio’, percebe também que este tipo de ação ajuda na formação da criança,que muitas vezes não tem nenhum tipo de atividade para ocupar o tempo. “Ver as crianças praticando um pouco de esporte num sábado de manhã como esse é ótimo. Dessa forma, eles não ficam ociosos e podem preencher a mente com bons ensinamentos, o que contribui para a construção de seu caráter”, explicou o emocionado Correia. 

Quem também arriscava alguns arremessos em busca da cesta era Murilo Chagas, 13. Correndo de um lado para o outro, o menino era um dos mais entusiasmados em participar da oficina da modalidade esportiva. “Gosto de basquete, mas meus amigos só jogam futebol”, contou o garoto, que voltou correndo para a quadra. 

“O mais bacana é que quando chegamos nesses eventos, todas as crianças se aproximam de forma tímida. Elas perguntam bastante antes de começar a interagir com os outros jogadores. Depois de alguns minutos é como se todos já se conhecessem há muito tempo e todos querem brincar e participar. Isso é o mais gratificante”, contou Rafael Correia.

 
 
OPÇÃO. Bola laranja conquistou meninos e meninas que viram no esporte uma alternativa ao futebol, que tradicionalmente é praticado por eles na escola e nas ruas
 




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